Game of Thrones é uma das franquias mais poderosas da cultura pop recente. Livros, séries, spin-offs, produtos licenciados, eventos. Mas nem todo produto que carrega esse selo é, necessariamente, garantia de sucesso.
Com o lançamento de Game of Thrones: Kingsroad, um RPG de mundo aberto para PC e mobile, a expectativa era altíssima por uma experiência épica à altura da marca. Inicialmente, o jogo gerou bastante empolgação, mas logo surgiram opiniões divididas sobre a jogabilidade e, principalmente, sobre seu modelo de monetização.
Quais são as lições de marketing e gestão de marca que podemos tirar desse caso?
O poder do licenciamento (e suas limitações)
Marcas icônicas costumam ser licenciadas para diferentes tipos de produtos. Isso permite ampliar o alcance, diversificar receitas e reforçar a presença cultural.
Mas o licenciamento também exige responsabilidade:
Se o produto realmente entrega valor, ele fortalece a marca-mãe.
Se falha, pode gerar desconexão com parte do público.
No caso de Kingsroad, a marca Game of Thrones abriu portas — mas também trouxe expectativas elevadas.
Monetização sob os holofotes
Uma das principais críticas ao jogo foi em relação ao seu modelo de monetização, com microtransações consideradas excessivas por parte do público.
Isso traz uma reflexão importante:
Uma marca forte atrai — mas é a entrega que sustenta a relação.
Os fãs de Game of Thrones têm um envolvimento emocional com a franquia. Quando percebem que o produto não corresponde às expectativas, o engajamento tende a cair.
Quando a expectativa supera a experiência
O marketing não termina na atração. Ele se consolida na experiência.
Marcas com alto valor simbólico, como Game of Thrones, precisam lidar com expectativas maiores — o que torna a entrega do produto ainda mais sensível.
Um produto abaixo da expectativa pode impactar:
A percepção geral da franquia
O interesse em futuros lançamentos
A disposição de consumir outros produtos relacionados à marca
Game of Thrones: Kingsroad mostra que uma marca forte abre portas — mas também exige uma execução cuidadosa.
Ao trabalhar com marcas maduras, é essencial equilibrar marketing com produto e experiência.
Não basta atrair — é preciso surpreender positivamente. É possível sim monetizar, mas priorizando sempre a entrega de valor.
Quando o marketing realmente conecta com os fãs e proporciona uma experiência de verdade, a marca não apenas cresce — ela se fortalece e perdura.